DTM e Fibromialgia - Dores crônicas!

   Os dias vão passando com dores que não cessam. Você até toma um relaxante muscular, um anti inflamatório.. ganha aí um alivio de algumas horas.

   Colegas autores de outros blogs foram a fundo na pesquisa buscando a correlação da DTM com a FM e descrevem que de acordo com Consalter, Sanches e Guimarães (2010), a disfunção temporomandibular (DTM) é o termo genérico para um grande número de distúrbios funcionais do sistema da mastigação, da articulação temporomandibular (ATM) e de estruturas associadas. 
A fibromialgia (FM) é uma das doenças reumatológicas mais frequentes, cuja característica principal manifesta-se com dor musculoesquelética difusa e crônica.
   Pelo fato dessas duas condições apresentarem diversas semelhanças, tanto na prevalência quanto nas características clínicas, os autores decidiram realizar um estudo com o objetivo de fazer uma análise e relatar a possível correlação entre ambas.
  Dessa forma, foi efetuada uma revisão da literatura de 1995 a 2008 nas bases de dados Web of Science, Pubmed, MedLine, LILASC e BBO, cruzando-se os descritores fibromialgia, fibrosite, síndrome da dor mio facial difusa, síndrome da disfunção da articulação temporomandibular (DTM), transtornos da articulação temporomandibular e transtornos crânio mandibulares.
   Segundo Consalter, Sanches e Guimarães (2010), os estudos mostraram que a dor muscular oriunda da DTM, embora seja considerada uma condição regional pode, em determinados indivíduos, coexistir com síndromes dolorosas sistêmicas, como a FM. No entanto, indivíduos com FM apresentam, em sua grande maioria, dores na região da cabeça caracterizando um forte indício da presença de possível DTM.
   O que se observou pelos pesquisadores é que grande parte dos indivíduos com FM apresentam DTM, porém o inverso não é verdadeiro.  
   Concluindo, Consalter, Sanches e Guimarães (2010) comentaram que, considerando-se o escasso conhecimento sobre a apresentação orofacial da FM, o tratamento da DTM para pacientes com FM deve ser conservador e direcionado aos possíveis fatores de risco.
Fonte: Consalter E, Sanches ML, Guimarães AS.Correlação entre disfunção temporomandibular e fibromialgia. Rev Dor 2010; 11(3): 237-241 


O que se sabe por nós, pacientes com dores crônicas, é que as dores causadas pela DTM assemelham-se a dor na região dos ombros causada pela fibromialgia, bem como as dores orofaciais. Por horas chegam a ser insuportavelmente fortes. Aí é medicação e um pouco de alongamento para aliviar.

Até o momento o meu diagnóstico é tão somente DTM, e em busca do alivio da dor dentro de poucos dias irei me submeter à Cirurgia Ortognática. Amanhã tenho mais uma consulta com a equipe médica que realizará o procedimento e para decisão dos últimos detalhes que antecedem a cirurgia.

O exame cardiológico e os de sangue pré-operatórios já estão ok. Agora é contar os dias na perspectiva de que tudo ocorra bem nas cerca de 7h de cirurgia que me aguardam no ultimo dia desse mês.

#vamosquevamos #DTM #FM

Estamos em fase decisiva!!!!

Após os primeiros exames foi necessário fazer uma tomografia em 3D para a realização de um estudo computadorizado onde será possível calcular tudo da cirurgia e contemplar o futuro resultado. E a ansiedade a cada dia que passa aumenta mais!

Na próxima segunda-feira farei mais uma série de moldagem e por esses dias receberemos a posição do plano de saúde à respeito da autorização.

Desde sempre entreguei nas mãos de Deus sob a intercessão de mãezinha Maria e de todos os anjos de luz que me acompanham, para que tudo seja feito conforme a vontade do Pai.

Que cessem as dores. Que o sorriso seja abundante. O velho sonho meramente estético se tornou um sério problema que vem afetando a minha saúde de uma forma geral e debilitando dia após dia a minha qualidade de vida. Mas todo esse sofrimento está chegando ao fim!!

Vamos que vamos, gente!!!

Sábado, 21 de março de 2015

Dia de Exames

Bom dia! Acordar cedinho e ir para uma clínica de imagens. Tomografias... raio-x e ainda faltou uma moldagem que lá não fazia. Terei que achar mais um tempinho para isso.

 

Saldo do dia: por forçar a boca a abrir e por permanecer certo tempo com ela aberta para os exames, mais dor! E vamos de Miosan de novo para aguentar. Aí, acabou-se. Tarde dormindo, claro. Mas a noite acordei um pouco melhor. Agora ainda dói muito os ouvidos e os ombros. Pois é. Por onde passam os nervos trigêmeos dói.

E assim foi o fim de semana. Domingo quietinha, de repouso, comida leve em família.

 

E vamos começar mais uma semana!

De volta ao medico: reiniciando o tratamento da DTM

   Mais de um ano após a consulta de urgência e uma crise aguda de DTM diagnosticada estive de volta ao consultório do meu buco maxilo. Claro que ele estranhou o meu “sumiço” mas entendeu a minha justificativa.

   Desde ontem a noite piorei muito das dores na cabeça, ouvidos.. e novamente a orientação de analgesia regular e compressas quentes para ajudar a musculatura a relaxar. Uma nova moldagem para a famosa plaquinha que irá ajudar na dor e uma pilha de exames a fazer, foi o saldo do dia. Cá estou eu já medicada, em casa. Após a moldagem as dores logo pioram pelo tempo que ficamos com boca aberta e pelo esforço para abri-la!

   Mas tudo tem seu tempo. E a cada dia diminui o prazo para essas dores sumirem de vez!

Os exames foram agendados para amanhã e logo teremos mais detalhes sobre o diagnóstico para compartilhar.

   De antemão, para você que ainda não tem um diagnóstico e sofre com dores de cabeça intensas, na face, escuta “estalos” ao mastigar, sente náuseas e tonturas com frequência, procure um médico. As vezes pensamos não ser nada demais, nos auto medicamos, colocamos a culpa do nosso mal estar na vida estressada que levamos ou no ritmo de vida puxado que optamos ou não em ter, quando na verdade é algo que devemos cuidar com atenção.

Não precisamos sofrer com essa dor, ela tem cura! Procura a opinião de um especialista.

#ficamosigualafigura #chegadedor #DTM

O inicio de tudo

JANEIRO/2014

Uma bela tarde de domingo com a família no passeio que terminaria comigo prostrada na cama com uma forte dor de cabeça. Sim, eu estava acostumada a ter, mas nunca como aquela. Nem saberia descrevê-la naquele dia. Era uma dor forte na nuca que se estendia para o pescoço e ombros que logo ficaram enrijecidos. Era só o começo de tudo. Analgésicos comuns não surtiam nenhum efeito. A dor só piorava. Na terça-feira atacou os ouvidos e tudo foi desesperador. Seguiu-se com náuseas e fortes tonturas e só então fui socorrida à UPA daqui com suspeita da minha mãe de meningite. Lá no atendimento isso foi descartado. Tomei um coquetel de 4 injeções entre analgésicos e anti inflamatórios e fui liberada pra casa. O efeito desse sossega leão não durou mais que duas horas e as dores voltaram com tudo durante a madrugada.  

Manhã de quarta-feira. Se iniciava o quarto dia de dor sem pausa. Procuramos então um otorrinolaringologista de urgência e após um breve exame físico o diagnóstico:  DTM. Uma crise aguda. Disfunção temporomandibular. Nem acreditava que uma articulação pudesse me fazer sentir a caminho da morte, sério! A dor era de dar vontade de morrer! Aí me lembrei das palavras do otorrino que me salvou a vida retirando minhas amigdalas após muitas crises e uma necrose. Era como se estivesse vendo aquele meu anjo na minha frente me dizendo:

- Menina, vá fazer a cirurgia desse desvio facial! Vai chegar um tempo em que você vai me procurar com fortes dores de ouvido e eu não vou poder fazer nada pra alivar!

Nossa. Isso tinha sido há tantos anos. E parecia que o ouvia ali, naquele momento. A médica de urgência então receitou um anti inflamatório mais forte para que eu aguentasse a dor enquanto não encontrasse um buco maxilo para me avaliar.

Na semana seguinte, lá estava eu diante daquele que vai ser meu novo anjo. Dr. Dirceu. Após um breve exame físico, pimba! DTM. Uma crise aguda. E não tinha como fugir. A cirurgia ortognática seria a única solução pro problema. De imediato, analgésico regular, continuação do anti inflamatório, dieta rígida: nada de mastigar! Líquidos, papinhas, sopas... e 2x por semana ir ao consultório para um tratamento a laser que seria mais eficiente para sair da crise. Tudo apenas paliativo para que eu saísse da crise e encaminhasse tudo pra cirurgia.

E como ia fazer? Sem plano de saúde, desempregada, sem dindim.. particular, nem pensar! Caríssima ainda! Pelo SUS até se consegue e temos um centro de referência no Recife, pela UPE. Mas aí levaria tempo demais na fila de espera e ele recomendou certa urgência. Mas, Deus não desampara seus filhos. No mês seguinte consegui um emprego com um bom plano de saúde que meu médico aceita e aí era só esperar um ano para ter direito a férias e fazer a bendita.

Bom, um ano estou fazendo essa semana. Já ajustei com o RH as minhas férias e deixei o chefe ciente de tudo, afinal será preciso mais que os 30 dias de afastamento. Esse mês estou voltando ao cirurgião para dar inicio a jornada pré-operatória que passa aí por tratamentos ortodônticos e tudo mais. Ainda é um mundo desconhecido pra mim. Mas quero compartilhar desde já para que outras pessoas que sofrem com o mesmo mal possam compartilhar das informações médicas, da minha ansiedade e da minha alegria. Sim! Quero daqui pro final deste ano postar a minha satisfação em morder uma deliciosa goiaba! Quer mascar chiclete sem dor! Quero sorrir sem vergonha do excesso de gengiva! Quero gargalhar sem medo de um deslocamento mandibular e sem segurar o queixo por medo disso! Quero tirar foto sem escolher o melhor lado porque serão iguais!

É. Um rostinho simétrico era só um sonho de adolescente que virou um pesadelo de dor na minha vida adulta. Mas logo estarei livre para sorrir! E se já gosto disso, preparem-se! Rsss

Este é apenas o primeiro de muitos compartilhamentos. Leiam, tirem dúvidas, pesquisem. Utilizem esse blog da melhor forma que lhes convir. E que Deus abençoe essa jornada que se inicia. Amém!